Lembro-me que debaixo de uma grande árvore
De espécie desconhecida eu te beijei pela primeira vez.
Foi tão rápido e indescritível que nem sei como explicar.
Eu me senti o cara mais feliz desse sórdido mundo.
E o teu olhar... Ah o teu olhar cheio de ternura e afeto que não esqueço
Tua língua na minha, tua respiração ofegante
Uma das minhas mãos em teu pescoço e outra em teu quadril
Minha cabeça girando acompanhando a rotatividade da tua
Não agüento e acaricio a tua barriga de leve
E sei que isso te excita
Não penso em nada e cada vez que tento é em você
Depois desse ritual vejo um sorriso brotar em seus lábios
É inevitável não acontecer o mesmo comigo
E nossos olhos depois de tanto tempo fechados
Abrem-se e voltamos da nossa viagem longa pra nossa realidade importuna
E sinto que não tenho outra saída senão te beijar outra vez
E perder-me de novo num caminho longínquo
Cheio de sobressaltos e entusiasmos
Não vejo por que não mergulhar a fundo no teu mar de volubilidade
Até por que sou insolúvel nesse mar
E o que é que eu vou fazer agora?
Você não está mais aqui
Foi-se pra bem longe
Pra longe do meu lado
Sinto falta dos teus beijos e daquelas noites perto daquela árvore
Parece tão efêmera a vida agora
Mas que fique uma coisa subentendida
Estarei te esperando a qualquer momento
Pois sei que sentes falta também
E quando dois querem
Os dois jamais brigam
::Escrito por Elio Rogério; Em 06/06/2008::
sexta-feira, 6 de junho de 2008
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