quinta-feira, 5 de junho de 2008

Não preciso pôr aqui

Calazar
Não sabe-se se é sorte ou azar
É fulminante, torrencial, doloroso
Impediu de andar a menina corada
Deu-lhe um sopro carregado
Não houve tempo e foi apanhada

Calazar
Em um instante estava no portão de casa
Corria pelas ruas
Vestidinho branco esvoaçando aos cantos
Tranças molhadas com a chuva
Enquanto ao espírito inunda
Me cheira, corre, espanta!

Calazar
Meu Senhor, por que não deixam sair?
"Cala-te!"
Faz dias que prendem-me aqui...
"Hei dito!"
O céu está lindo e os anjos cantam
Amém!
"Teus sorrisos prendem o ar, tuas gargalhadas impedem meus grunhidos... Não és santa, meu amor!"
Mas...
>>Silêncio<<

Calazar
Após tal movimento brusco e sem escrúpulos
Toda a morosidade esvaiu-se
Pois o chão não livrou-a de impulsos
Dedos, unhas, anel de formatura, rosto, giro, tontura, solado de um sapato caro

[continua]

::Escrito por Fernanda T. I. Lima - 05/06/2008::


Um comentário:

Anônimo disse...

olha,
simplesmente do caralho !