sexta-feira, 18 de julho de 2008

1850

Cansei de escrever pseudo-poemas românticos

Agora eu vou libertar meu lado naturalista

Com gana de possuir ferozmente

Somente por extinto e nada mais em mente


Gritar


Quando o circuito voltar, irei chamar de canto

Já será noite e os guardiões daquele recinto estarão bem longe

Pedirei ajuda ou serei sincera?

Depois de todos os trâmites ultrapassados

Beijarei levemente lábios

Respirarei ofegantemente acerca de áreas mais sensíveis

Apertarei sem dó o palpitar dos temores suplicantes

Entregar-me-ei


Satisfação


Parnasiano alertou a pobre moça

Indagou sobre suas perspectivas

Decidiu por ela o que seria o melhor

Arrastou suas mãos até o lago mais próximo

Lavou-lhe dos pés à cabeça

Fez sangrar

Tirou sua cor morena de tanto esfregar

- Menina, seja correta!


Dor


O realismo nada é

O real para mim pode ser o falso para você

Minha realidade...


::Escrito por Fernanda Tamie Isobe Lima - 18/07/2008::

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