Por vezes paro, entro em estado de coma sem explicação, geralmente isto acontece bem no meio de uma leitura ou quando estou assistindo a conversas alheias. Fico lembrando de momentos importantes de minha vã existência, momentos estes que marcaram, em um determinado espaço de tempo, aquele pontinho vermelho e nele sempre há um lembrete escrito: felicidade ou tristeza. Faz muito tempo, mas ainda lembro de uma escritura filosófica (em minha concepção) na qual se tratava da inexistência da felicidade, e que esta, em suma, não existia, porém seus resquícios eram vivos em nossas mentes, resumindo: “A felicidade não existe, o que há são momentos felizes”. Não posso negar a inquietude sentida por mim no instante que a teoria introjetou-se aqui até chegar à intitulação de memória. Não foi como se mais uma idéia insignificante viesse e perdesse o sentido após 3 minutos de reflexão, fora o contrário. Ainda tenho muito da criança que há tempos decodificou algumas letras e os espaços entre elas, entretanto saber de um eterno estado de sobriedade onde tudo é constituído de pequenas situações e suas conseqüências, me fez aproveitar mais o banal e até olhar a partir de outro prisma minhas loucuras. É lógico, não sei muito bem quem sou ou por que motivo estou aqui, vivo apenas. Tento viver.
:: Escrito por Fernanda Tamie Isobe Lima - 28/09/08 ::
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