sexta-feira, 9 de maio de 2008

Especialistas negam que jogos violentos formem assassinos...

Jogar videogames não transforma as crianças em pessoas degeneradas, criminosos sedentos por sangue. A conclusão é de um novo livro produzido por Lawrence Kutner e Cheryl Olson, um casal de especialistas da faculdade de medicina da Universidade Harvard (EUA).
"O que eu quero que as pessoas percebam é que não há dados que suportem as preocupações simplistas segundo as quais os videogames causam violência", afirma Kutner, co-autor de "Grand Theft Childhood: The Surprising Truth About Violent Video Games and What Parents Can Do" ("O Grande Roubo da Infância: A Verdade Surpreendente sobre Videogames Violentos e o que os Pais Podem Fazer", em tradução livre).
Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após estudarem, por dois anos, 1.200 crianças em idade escolar e suas atitudes em relação a esses jogos. Trata-se de uma abordagem diferente da maioria dos outros estudos, focados em experimentos de laboratório."O que nós fizemos e que tem sido feito raramente por outros pesquisadores foi conversar de fato com as crianças. Parece bizarro, mas isso não tem sido feito", afirma Kutner.
Segundo os pesquisadores, jogar videogame é praticamente uma atividade universal entre as crianças e proporciona intensas relações sociais.

Mas os dados de fato mostram a ligação entre essa prática e algum tipo de comportamento agressivo. Os especialistas descobriram que 51% dos garotos que usam jogos classificados para maiores de 17 anos entraram em pelo menos uma briga no ano anterior. Entre os que não jogavam, a taxa foi de 28%.
A diferença é ainda maior entre as meninas: 40% das garotas que usavam esses jogos haviam entrado em uma briga, contra 14% das que não jogavam.
Kutner e Olson afirmam que é necessário fazer novos estudos sobre o assunto, porque a pesquisa mostra apenas uma correlação, e não uma relação de causa. Não está claro se os jogos incentivam a violência ou se crianças naturalmente agressivas gostam mais de jogos violentos.


Comentário Escrito por: Vinicius Mello


"Há realmente uma preocupação no que diz respeito à intensidade de que as crianças hoje utilizam o mundo virtual. Não tão somente para jogos, mas também para utilizar ferramentas como a internet, que é sabido por todos, está repleta de assuntos maliciosos que geralmente atrai crianças e jovens entre 12 e 17 anos.
O que os pesquisadores não explicitam em sua pesquisa é o porquê das invasões a universidades dos EUA, qual o motivo que leva aquelas pessoas invadirem locais públicos e protagonizarem uma verdadeira carnificina, seguindo modelos de jogos censurados.
O fato de esses jogos estimularem o convívio social entre os
jovens, não impede de acontecer tragédias entre eles, pois eles mesmos constataram que houve relacionamentos mais agressivos entre a maioria que utilizou tais modos de divertimentos.
Devemos reeducar nossas crianças, incentivá-las a utilizar o meio virtual em benefício próprio, e evitar usar tal meio para relacionar-se com pessoas que ela, através deste, não tem como conhecer o caráter, tampouco a personalidade de seus “amigos”.

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