Lidando com um dia estranho
Ócio e a ternura do sono me viciam
Acordei pelas nove da manhã, quando o horário normal seria às cinco e meia
Abri lentamente os olhos, como se não o quisesse fazer
Mexi mais pausadamente os braços, que de tão preguiçosos não se fizeram cumprir
As pernas estavam pesadas, mais ainda de quando havia dançado no sábado
Espreguicei
Bocejei
Esfreguei os as pálpebras, ardiam como se houvessem roubado todas as horas bem dormidas
Pus os dedos do pé no chão e percebi o quão frio seria acordar
Desisti do belo amanhecer por mais alguns breves e longos minutos
Sonhei
Era uma vez uma garota
Na flor da idade deveria escolher com quem casar-se
Imagine só o disparate!
Resolveu dois rapazes enamorar
E o senhor leitor diria: “Que falta de lealdade!”
Mas pense bem, por que inibir uma formosura tão ingênua de tal desventura?
Ao final desta estória
Nem me recordo o que aconteceu
Mentira!
A mocinha não soube levar a farsa à diante
Enquanto conversava com um pretendente na escada, deixava o outro de lado no quarto
Falou que amava o primeiro e mandou-lhe embora sem dizer o porquê
Na despedida houve o encontro fatal
Três olhares, três almas sem direção, três conclusões
Amores partidos, e moça encontrava-se feliz
Acordei
Indaguei-me se deveria avaliar tal quimera
Resolvi esquece-la
Levantei
Lavei o rosto
Desci as escadas
Encarei minha mãe
Fui comer
Bom dia?
::Escrito por Fernanda Tamie Isobe Lima - 27/05/2008::
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